Fora dos circuitos mais turísticos, a cidade surpreende pela mistura de estilos na arquitetura
Quando se pensa em cidades californianas, Los Angeles e San Francisco vêm logo à mente, duas metrópoles que habitam o inconsciente coletivo cultural. Porém, um pouco mais ao sul, fora do radar, San Diego nos conquista com seu rico conjunto urbano, tanto pelo passado histórico – foi o primeiro município a se estabelecer na Califórnia – quanto pelos destaques de arquitetura moderna e contemporânea.
Aos tradicionais brises-soleils verticais da San Diego County Courthouse, de 1961, contrapõe-se uma releitura atual do brise feita por Richard Meier (foto acima), para um segundo tribunal localizado bem do outro lado da rua (este, do governo federal, erguido em 2012).
No Cactus Garden, de 1935, uma vasta coleção de cactos e suculentas conserva alguns exemplares tão esculturais que chegam a lembrar criações de Louise Bourgeois. E no Botanical Building (foto acima), mais de 2 mil espécies de plantas abrigam-se do sol debaixo de uma monumental cobertura de treliça construída em 1915.
Erguido em 1888, com estrutura de madeira, The Del, como é conhecido, é um dos mais cultuados exemplos dos resorts americanos de estilo vitoriano. Na época de ouro de Hollywood, era o playground de estrelas como Rodolfo Valentino, Mae West, Charlie Chaplin e Clark Gable.
Amante da ficção científica, ele aplicava ao seu trabalho uma visão futurística perceptível também no Transamerica Pyramid, torre mais alta de San Francisco – não surpreende que um de seus estudantes na University of Southern California tenha sido Frank Gehry. Na Geisel Library, Pereira elevou a biblioteca sobre colunas de concreto aparente que sustentamum volume algo cubista.
A resposta do arquiteto veio na forma de um complexo em que todos os elementos se integramem sincronia – materiais, volumes, implantação, organização espacial interior e exterior, respeito ao programa e até alinhamento com a orientação solar. Ali, uma verdadeira sinfonia arquitetônica culmina numa praça central de sutileza capaz de nos lembrar que o devaneio imaginativo é tão importante para a arte como para a ciência.
Fonte: Casa Vogue
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