Em menos de dois séculos, Bangkok deixou de ser um vilarejo dedicado ao comércio pelo rio Chao Phraya para se tornar uma metrópole de milhões de habitantes, a cidade mais importante do país e uma das capitais mais visitadas do mundo.
Essa transformação em um tempo relativamente curto mostra suas marcas no dia-a-dia: Bangkok ora se mostra moderna, arrojada, rica, ora lembra ainda o ritmo de vilarejo pobre e simples. Esses opostos caminham lado a lado – e aprender a respeitar tanto a cultura quanto as diferenças é a atitude a ser tomada desde o início da viagem.
Participar das festividades de Ano Novo, o Songkran, é ter contato com costumes antigos: enquanto os monges abençoam casas e imagens, todos saem às ruas para molhar-se uns aos outros, numa verdadeira batalha molhada que pode chegar a durar três dias. Todos entram na brincadeira, até motoristas, vendedores etc. Começa geralmente no dia 13 de abril – o calendário tailandês segue o budista, que está 543 anos à frente do ocidental.
Para ter contato com a história de um estrangeiro que se fixou no país nos anos 1960, se dedicou ao negócio da seda e se tornou uma rica e importante personalidade, visite a Casa de Jim Thompson, um verdadeiro museu da seda. Além das obras de arte, da arquitetura das seis residências, da vegetação ao redor, repare na história do empresário e tente desvendar os mistérios que cercam a sua morte.
A comida tailandesa, ou thai, ganhou o mundo e não é a toa. Conhecida pela mistura de sabores, aromas e cores, ela é geralmente apimentada e surpreendente. Um dos principais ingredientes é o arroz ou o macarrão: ambos costumam funcionar como base ou acompanhamento. Sopas com noodles são muito comuns, misturadas a diversos tipos de alimento (carnes, legumes, hortaliças). Pimentas de todo tipo, alho, carnes de porco ou frango, curry, pimentões, coentro, tudo se mistura com graça e aparente leveza. Pelas esquinas de Bangkok há bufês ao ar livre, a forma mais econômica de se alimentar e uma experiência gastronômica bem interessante. De espetinhos a sucos de fruta, passando por pratos completos, as opções são infinitas. Outra prática comum: pessoas locais que abrem as casas para oferecer refeições a preços bem baixos. Logicamente também há estabelecimentos formais, com menus fechados ou cardápios sofisticados. Isso sem falar na infinidade de centros comerciais e de shoppings mais requintados, que têm toda opção de restaurantes.
A Khao San Road e a Sukhumvit Road reúnem os clubes que atraem viajantes do mundo inteiro. A Royal City Avenue (ou simplesmente RCA) tem as melhores casas noturnas movidas ao som de DJs. As ruas Patpong, Nana Plaza e Soi Cowboy são endereços clássicos do entretenimento adulto. Happy hour nos hotéis cinco-estrelas são mais do que comuns, especialmente para ver o pôr do sol com um drinque na mão.
O que fazer em Bangkok? Vista-se com roupas leves (sempre faz calor), não se importe se chover (sempre pode chover), abra-se para os sabores fortes e conheça as principais atrações. Primeiro, o Grande Palácio. Construído em 1782, ele deixou de ser a residência real em 1946 para se transformar na atração mais popular de Bangkok e, logo, parada obrigatória para todo viajante. Não se trata de um palácio apenas, mas sim de um complexo gigantesco que abriga palácios, estátuas de Buda, museus e templos, dentre os quais o Wat Phra Kaew, que abriga o famoso Buda de Esmeralda. Lembre-se de que não é permitido ingressar a nenhum local sagrado de bermudas (homens) ou regatas (mulheres).
Seguindo a mesma etiqueta, visite também o Wat Pho, ou Templo do Buda Reclinado. A imagem de Buda de 46m de comprimento e 15m de largura (a maior estátua de Buda em todo o país) é toda coberta de ouro. Os visitantes são convidados a comprar folhinhas finas de ouro para reforçar a cobertura dourada. Outro tempo que não pode faltar: o Wat Arun, ou Templo do Amanhecer, perto do rio Chao Phraya. Curiosamente, o melhor horário para visitá-lo é ao pôr do sol.
A Chinatown de Bangcoc é interessantíssima tanto pela gastronomia quanto pelo comércio típico. Nela fica o Wat Traimit, ou Templo do Buda de Ouro, que se conserva por mais de 900 anos.
Mesmo que a intenção não seja comprar produtos frescos, ir tanto ao mercado de Chatuchak quanto aos mercados flutuantes de Damnoen e Saduak é uma experiência e tanto. Dica: em vez de compras, fotografe!
Para descansar os olhos de tantas informações visuais, vá ao parque Lumphini, um dos pulmões verdes da cidade.
Os mercados e centros comerciais são tão comuns em Bangkok que é possível encontrar de tudo em praticamente qualquer lugar. Barganhar faz parte da prática local. Chatuchak é o mercado mais famoso, conhecido por ser o maior do mundo. Ele chega a receber mais de 200 mil visitantes em apenas um fim de semana. Patpong é um mercado noturno em pleno Distrito da Luz Vermelha. Ele é famoso pelas mercadorias baratas e falsificações de roupas. O Pantip Plaza é voltado à tecnologia. No MBK, você encontrará joias, bugigangas e eletrônicos. Em Siam Paragon, há mercadorias de luxo. O Central World tem oito andares de grifes e sofisticação.
Do metrô (Massiv Rapid Transport, ou MRP) ao trem elevado (SkyTrain ou BTS), passando pelo táxi, pelo tuk tuk e pelo barco, Bangkok tem transporte de todos os tipos. Ambos de boa qualidade, o MRP ou o BTS não chegam a cobrir toda a cidade – e se for o caso o táxi pode ser uma opção muitas vezes até econômica. Com o tuk tuk, a experiência é mais pitoresca, mas não menos autêntica. Apenas tome cuidado com a insistência de desviar do caminho para passar em uma loja de suvenires (na dúvida, recuse). Em barco ou lancha, é possível passear pelo rio Chao Phraya e alguns dos canais que ainda sobrevivem na grande metrópole.
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