Blue Lagoon, uma das principais atrações da Islândia – Foto: Divulgação
Depois de pagar uma pequena fortuna para passar algumas horas na Blue Lagoon (e esfregar bastante argila rejuvenescedora no rosto para compensar o investimento), acabamos conversando com nosso host islandês sobre a experiência e descobrimos que há praticamente um lago ou uma piscina aquecidos a 39 ºC para cada bairro de Reikjavik.
No resto do país, a proporção não é muito diferente: em um lugar tão gélido e cercado de água por todos os lados, os escandinavos deram os pulos deles para viver ao ar livre, tomar sol e socializar de uma forma bem esperta. As piscinas quentes são o happy hour dos locais. Um hábito quase diário por lá, que mistura gente de todas as idades, classes e estilo. Se o seu plano de viagem é a tradicional rota pela parte sul do país, anote este conselho: leve sempre um traje de banho na bolsa e, para cada atração visitada, escolha um destino de águas termais para fechar o dia. Você vai dormir relaxado como nunca e, na volta, sentir saudades de nadar enquanto neva fora d’água para sempre.
Reunimos aqui algumas sugestões de passeios clássicos que podem teminar em mergulhos.
O que fazer em Reykjavik
Não deixe de conhecer a Harpa em Reykjavik – Foto: Divulgação
O centro da cidade tem um colorido especial e uma riqueza de atrações culturais surpreendentes. Como a língua islandesa é um dos maiores motivos de orgulho para os escandinavos, as livrarias de Reykjavik parecem não ter fim. Em muitas delas, rolam pocket shows de música durante os finais de semana.
Aposte em um jaquetaço térmico, um bom gorro e perca-se livremente pelas ruas e praças da cidade, passando pela Catedral de Hallgrímskirkja, o lago Tjörn e a alucinante Harpa, um dos auditórios de música mais interessantes do mundo.
A Harpa por dentro – Foto: Luiza Sahd
Em Reykjavik, a boa é terminar o dia na Vesturbæjarlaug, eleita a melhor piscina pública da cidade em 2015. Por lá, os visitantes encontram piscinas com banquinhos e diversos tipos de hidromassagens, espaços dedicados à natação, piscinas infantis, um circuito de ofurôs com temperaturas entre 41 ºC e 7 ºC, saunas e vestiário completo com secador de cabelos.
Vesturbæjarlaug, uma das melhores piscinas da cidade – Foto: Luiza Sahd
O que fazer no Golden Circle
Um dos roteiros turísticos mais impressionantes do mundo concentra, em 300km rodando de carro ou excursão, nada menos que:
O Þingvellir, parque nacional onde se avista o Parlamento Islandês e se pode caminhar sobre a fenda entre as placas tectônicas da Eurásia e América.
O parque nacional Þingvellir – Foto: Luiza Sahd
O Geysir, que emociona pelos jatos de água explodindo a cerca de 30 metros de altura, espontaneamente, mais ou menos a cada cinco minutos. Não tem quem não fique viciado em esperar “só mais cinco minutinhos” para chegar à conclusão de que o buraco é mais embaixo quando pensamos na atividade vulcânica da Terra.
Geysir, que expele jatos de água a 30 metros de altura – foto: Luiza Sahd
Gullfoss, as “Cataratas do Iguaçu” deles. O som e a força das águas mostram mais uma vez o poder da natureza por ali, com a vantagem fofa de avistar arco-íris enormes e vibrantes formados pelo montão de vapor que sobe das quedas d’água em dias ensolarados.
Gulfoss e suas cataratas que formam arco-íris nos dias ensolarados – Foto: Luiza Sahd
Ao fim do circuito, quando a possibilidade de se embasbacar mais ainda com o país parecer meio remota, dê um pulo na Gamla Lagoon, também conhecida como Secret Lagoon. Por ali, o fluxo turístico é quase nulo e você pode fechar o dia nadando em um rio deliciosamente aquecido, pisando em pedrinhas e tudo mais. O serviço é simpático, os preços são módicos e você terá um aprazível café anexo ao rio, onde a venda de lanchinhos e bebidas funciona enquanto houver gente nadando.
Como em todos os balneários geotermais da região, o vestiário tem tudo o que você precisa para o banho pré e o pós natação.
Atrações na Islândia: de Skogarfoss a Vik
Assim que recuperar o fôlego com tanta beleza espalhada pelo Golden Circle, prepare seu coração para as atrações lindas entre Skogarfoss e Vik.
Na primeira, há uma espécie de vila no entorno de uma queda d’água de 60 metros de altura por 25 de largura. Os arco-íris que se formam ali são quase palpáveis (e a certa altura da viagem, é bom conferir no espelho se você já não virou um unicórnio de tanto avistar arco-íris e cavalos selvagens pela estrada).
Skogar. Foto: Luiza Sahd
De lá, siga até Dyrhólaey, uma pequena península de origem vulcânica com um mirante quase onírico, de onde se avista o famoso vulcão Eyjafjallajökull, as praias de areia negra de Vik e o glacial Mýrdalsjökull (um dos mais lindos do país. Vale a pena fazer a visita guiada em dias nublados, quando o gelo fica mais azul). O pôr-do-sol desse mirante tem altíssimo índice de aplaudibilidade, mesmo que você não seja lá muito hippie.
Dyrhólaey, uma pequena península de origem vulcânica – Foto: Luiza Sahd
O final do dia em Dyrhólaey é imperdível – Foto: Luiza Sahd
Jantar ou beber algo em Vik é quase mandatório. Tudo é delicioso e os moradores da pequena vila são extremamente calorosos.
Quer nadar? Dessa vez, espere até o dia seguinte e confira, de dia, a Seljavallalaug, também conhecida como Hidden Lagoon. Para chegar, deve-se seguir de carro até o estacionamento e fazer uma pequena trilha que conduz à piscina geotermal mais antiga (e talvez mais deserta) do país.
Os balneários geotermais islandeses costumam ficar abertos até, pelo menos, as 22h. Boa parte fecha às 0h. Muitos hotéis e hostels também têm jacuzzi a céu aberto, o que é um excelente critério de escolha. Nos postos de informações turísticas do país, peça o mapa de piscinas públicas e esbalde-se.
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